quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Brigada do AND durante greve da construção em 4 de dezembro

No dia 4 de dezembro, o comitê de apoio ao AND em Belo Horizonte realizou uma brigada de vendas durante a greve dos operários da construção em obra da Universidade Federal de Minas Gerais.
Cerca de 40 jornais foram vendidos nessa brigada.

O comitê segue realizando a divulgação do jornal nas mobilizações e protestos dos operários da construção em sua combativa greve.



terça-feira, 15 de outubro de 2013

Combativo protesto de professores e estudantes em BH


Professores e estudantes protestaram no final da tarde de 15 de outubro no centro de Belo Horizonte somando-se à mobilização nacional em defesa da educação pública que resultou em protestos por todo o país.
A reportagem de AND acompanhou o protesto que bloqueou o trânsito na Praça Sete (Avenidas Amazonas e Afonso Pena) entre as 17:30  e as 20:30.
Entre as palavras de ordem dos manifestantes destacavam-se: “A luta unificou, agora é estudante, funcionário e professor!”, “Abaixo o Estado fascista e seus governos antipovo e vende-pátria”, “Eleição é farsa, não muda nada não! O povo organizado vai fazer Revolução!”, “Mataram, mataram, mataram o Amarildo! Cadê, Cadê, os desaparecidos?”, entre outras consignas em defesa do passe livre estudantil, contra a repressão policial, em solidariedade aos protestos que ocorrem em todo o país, em defesa dos presos políticos e processados por participarem das manifestações.
A tropa de choque da PM atacou covardemente os manifestantes com bombas de efeito moral, tiros de munição de borracha e spray de pimenta. Professores e estudantes impuseram combativa resistência mantendo-se firmes de braços dados, defendendo-se com os mastros das bandeiras e agitando vigorosamente as palavras de ordem, denunciando para a população que se aglomerava nas imediações a repressão policial contra a justa luta em defesa da educação.
Um estudante foi preso acusado de quebrar o vidro de um ônibus que teria forçado passagem.
Dois manifestantes foram feridos, um com um tiro de bala de borracha no peito disparado à queima roupa por um policial militar, e uma jovem com um ferimento na perna ocasionado pelos estilhaços de bombas de efeito moral lançadas pela PM contra os manifestantes. Uma professora foi atingida no rosto a curta distância por spray de pimenta.  Um terceiro jovem sofreu ferimentos leves.
Os manifestantes não recuaram e sustentaram o bloqueio das avenidas durante três horas. Populares rechaçaram as forças de repressão que tiveram que se retirar sob vaias.
No encerramento da manifestação, ativistas do Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação saudaram os professores e estudantes pela combatividade, conclamando todos a manterem-se mobilizados e seguirem se organizando para os próximos protestos. Uma plenária realizada no epicentro da cidade deliberou que se dirigissem para a delegacia exigir a libertação do estudante preso.

Um membro da Associação Brasileira dos Advogados do Povo acompanhou os manifestantes até a libertação do estudante, por volta das 22 horas, após registro do Termo Circunstanciado de Ocorrência. Os manifestantes feridos receberam atendimento médico e passam bem.

Clique nas imagens para ampliá-las




 












segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Camponeses vêm a cidade protestar




Comitê de apoio ao AND de Belo Horizonte

Contra ameaças de despejo, por pão, terra, justiça e uma Nova Democracia.
Organizados pela Liga dos Camponeses Pobres, camponeses de diversas áreas do Norte de Minas e Triângulo Mineiro iniciaram protesto na manhã de hoje, 9 de setembro, na capital Belo Horizonte.
Nesse momento, 11:30 horas, os manifestantes se concentram diante da Vara de Conflitos Agrários e denunciam as ordens de despejo contra famílias que vivem e trabalham em suas terras há mais de 10 anos no Norte de Minas.
Segundo os organizadores do protesto, os camponeses seguirão para o Tribunal de Justiça e posteriormente para a sede do Incra.

Organizações populares, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção de BH e Região – Marreta, estudantes organizados pelo Movimento Estudantil Popular Revolucionário e professores apoiam e participam do protesto dos camponeses.

domingo, 8 de setembro de 2013

Vídeos do protesto organizado pela FRDDP em 7 de setembro - Belo Horizonte

Outros junhos virão - o 7 de setembro em Belo Horizonte


Comitê de apoio ao AND de BH 

 Na semana que antecedeu o 7 de setembro, em todo o país, os gerentes de turno do velho Estado e os comandos de suas forças armadas tiveram que se desdobrar para cumprirem minimamente sua agenda de desfiles do chamado "dia da independência". 

Em Recife o desfile teve seu local modificado em cima da hora, em São Paulo e no Rio de Janeiro foram reduzidos e restritos a uma pequena área isolada por milhares de policiais. Os telejornais e demais veículos do monopólio das comunicações dedicaram seus editoriais para reproduzir ameaças de que os “mascarados” e “vândalos” seriam presos e que a ordem era reprimir qualquer protesto. 

Em cidades da região Metropolitana de Belo Horizonte - MG como Betim, Contatem e Ribeirão das Neves, os desfiles foram cancelados devido a possibilidade (certeza) de protestos populares. Na capital mais de mil alunos que tradicionalmente participam dos desfiles foram “dispensados”, os efetivos militares mobilizados para os desfiles foram drasticamente reduzidos. 

No dia 7, enquanto as tropas desfilavam pela Avenida Afonso Pena no centro da capital, ativistas da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo – FRDDP realizaram uma intervenção política abrindo grandes faixas com os dizeres: “Abaixo o Estado fascista e seus governos antipovo e vende-pátria!” e “USA, tire suas garras da síria”. Os ativistas também mantiveram desfraldada a bandeira palestina e um banner estampando o grito de revolta repetido pelo povo em todo o país: CADÊ O AMARILDO? 

Nesse 7 de setembro as forças de repressão não conseguiram ostentar todo seu aparato nem contaram com o público que normalmente compareceria para assistir os desfiles. As forças de repressão desfilaram ao som de gritos de protesto e palavras de ordem. 

Pouco a pouco a população percebeu que algo diferente ocorria. As palavras de ordem gritadas por um grupo compacto eram ouvidas e pouco a pouco mais vozes de uniram: 


- Cadê, cadê, cadê o Amarildo! 

- Eleição é farsa, não muda nada não, o povo organizado vai fazer revolução! 

- Estados Unidos, tire as garras da Síria! 

- Fora já, fora já daí, Obama da Síria e Dilma do Haití! 

- Uma vaia para esses governos vende-pátria e antipovo! Uma vaia para a Dilma! Uma vaia para o governador Anastasia! Uma vaia para o prefeito Márcio Lacerda! Uma vaia para todos esses políticos corruptos! 

- Cadeia já, cadeia já, para os fascistas do regime militar! 

- Não passará, não passará, o crime hediondo do regime militar! 

- Cadê, cadê, os desaparecidos! 


Soldados do exército passaram em marche-marche acelerado próximo aos ativistas da FRDDP subindo uma rua e seguiram sob vaias e gritos de protesto. 

Ao fim do desfile, os ativistas seguiram até a Praça Sete, epicentro da capital, e fizeram uma agitação. Manifestantes queimaram a odiada bandeira ianque sob gritos de “Yanques, go home” (ianques, voltem para casa!). 

Eram aproximadamente 11 horas quando o ato foi encerrado. 

Nesse momento, em diferentes pontos da cidade, jovens se reuniam e se preparavam para um novo combate. As sementes dos dias rebeldes e junho e julho germinam, crescem e se multiplicam por todo o país. As brasas da fogueira da revolta espontânea das massas continuam vivas e basta uma lufada de ar para que as labaredas se elevem. 

No início da tarde, centenas de jovens tomaram as ruas da capital em protesto. Descumprindo conscientemente a “lei” que proibia o uso de máscaras em protestos, foram se agrupando e rumaram para a Praça da Liberdade, onde ocorreram os maiores enfrentamentos entre manifestantes e policiais. 

O protesto seguiu até a 3ª Área Integrada de Segurança Pública – 3ª AISP, onde os jovens agitaram palavras de ordem exigindo a libertação dos manifestantes e foram novamente reprimidos. Dezenas de outros manifestantes foram presos nas imediações da 3ª AISP. 

56 pessoas foram presas durante os protestos de 7 de setembro em Belo Horizonte, 11 dos presos eram menores. Até o fim da tarde de domingo, dia 8, 15 manifestantes eram mantidos encarcerados. 

No dia 8, um dos veículos da imprensa reacionária de minas publicou uma matéria intitulada “Junho, o mês que não acabou”. 


Como cantou Milton Nascimento, “nada será como antes”. A juventude que enfrentou com combatividade e decisão as forças de repressão dando vazão ao grito de revolta de nosso povo demonstrou mais uma vez que outros junhos virão. 

Leia o artigo de Fausto Arruda publicado na edição nº 116 de AND: Libertas quæ sera tamen

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Fotos de Wellington Martins / A Nova Democracia








quarta-feira, 24 de julho de 2013

Nota de falecimento - Companheiro Osmir Venuto da Silva


Nota de falecimento

Companheiro Osmir Venuto da Silva

14/10/1952 – 23/07/2013


É com profundo pesar e emoção que comunicamos o falecimento, no início da noite de 23 de julho, do Companheiro OSMIR VENUTO DA SILVA, operário da construção, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte e Região, diretor da Federação dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Minas Gerais e dirigente-fundador da Liga Operária.

Vitimado por problemas cardíacos, o Companheiro Osmir Venuto nos deixa exemplos de firmeza, humildade, dedicação, trabalho incansável, solidariedade e combatividade.

Nascido no interior de Minas Gerais, em Açucena, passou a infância e a juventude na antiga “Vila dos Marmiteiros”, na região do bairro Padre Eustáquio, BH,  onde forjou seu caráter de rebeldia e indignação a todas injustiças contra os pobres.

O Companheiro Osmir participou ativamente na “Rebelião dos Pedreiros”, a Grande Greve realizada em 1979 em Belo Horizonte, e dedicou a maior e mais profícua parte de sua vida a luta da classe operária, contra a exploração e opressão. Empenhou-se como poucos pela construção de um movimento sindical classista e combativo, no combate implacável ao oportunismo.

Defendeu e atuou decisivamente para a construção e fortalecimento da Aliança Operário-Camponesa, apoiou sem reservas a luta dos camponeses contra o latifúndio, por terra, pão, justiça e uma nova democracia.

Como dirigente sindical classista, combateu o corporativismo, defendeu a unidade e luta das classes trabalhadoras do campo e cidade contra seus inimigos de classe: a grande burguesia, o latifúndio e o imperialismo.

Dirigiu por mais de duas décadas o Marreta que, junto da Liga Operária, se desenvolveu e consolidou como um dos sindicatos mais combativos do país.

Prestou toda a solidariedade e participou de mobilizações nacionais contra as privatizações, contra as reformas antipovo e antioperárias impostas pelos governos, contra a opressão e repressão policial dos operários das obras do PAC e dos megaeventos (copa e olimpíadas). Denunciou e combateu a exploração de trabalho escravo em inúmeros canteiros de obras.

Estimulou a formação técnica e política dos operários da construção em Belo Horizonte e região sendo um grande entusiasta da Escola Popular Orocílio Martins Gonçalves e da promoção de seminários e cursos de formação política pelos quais passaram centenas de trabalhadores da construção. Também não poupou esforços no apoio a criação de Escolas Populares no campo.

Apoiou tomadas urbanas de terrenos como a Vila Corumbiara (Barreiro) e Vila Bandeira Vermelha (Betim) entre outras, a construção de moradias populares no regime de mutirão em bairros proletários, a luta da juventude trabalhadora e estudantil.

Uniu-se solidamente aos camponeses em luta pela terra, visitou áreas camponesas. Em todas as assembleias do Marreta, chamava a atenção para a necessidade de a classe operária apoiar decididamente a Revolução Agrária e salientava que grande parte dos operários da construção veio do campo, expulsos pelo latifúndio. Ele foi um grande apoiador e divulgador da produção nas áreas. Estimulou a ida de delegações de operários ao campo para trabalhar e viver com os camponeses e organizou, através do Marreta, grupos de operários para promover trabalho coletivo com camponeses na construção de casas, pontes e outras benfeitorias. Foi assim, um persistente edificador da aliança operário-camponesa.

Erguendo a bandeira do internacionalismo proletário, apoiou as lutas da classe operária e dos povos oprimidos em outros países, visitou e trocou experiências de luta com organizações classistas e populares no Paraguai, Nicarágua, Holanda e Turquia.

Denunciou e combateu a farsa eleitoral e os partidos eleitoreiros. Ardoroso defensor da necessidade da construção da vanguarda do proletariado para dirigir a Revolução de Nova Democracia ininterrupta ao Socialismo, para promover transformações radicais em nossa sociedade, e construir uma nova sociedade sem a exploração do homem pelo homem.

O Companheiro Osmir Venuto foi um grande dirigente operário, um lutador de nosso povo, e será sempre lembrado pelos operários da construção, camponeses, estudantes, homens e mulheres que trabalham de sol a sol no campo e cidade em nosso país.

Rendemos nossas homenagens a este grande lutador de nossa classe e nosso povo.

 
Desde o inicio da madrugada deste dia 24 de julho, companheiros, familiares e amigos se despedem do Companheiro Osmir, na sede do Marreta – Rua Além Paraíba, 425 – Bairro Lagoinha. O sepultamento será realizado às 16:30 horas.
 

Honra e Glória ao Combatente da Classe OSMIR VENUTO DA SILVA!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Nota da FIMVJ-MG sobre rebatismo do viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe



Realizada a manifestação pela mudança do nome do Viaduto José Alencar para Douglas Henrique e Luiz Felipe.  Ato convocado pela Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça - MG paralisa a Avenida Antônio Carlos, em BH.
 http://anovademocracia.com.br/blog/wp-content/uploads/2013/07/bh.jpg

No dia 16 de julho de 2013, a partir das 16H, cerca de 200 pessoas participaram do ato pela mudança do nome do Viaduto José Alencar para Viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe. Familiares e amigos de Douglas Henrique de Oliveira Souza e Luiz Felipe Aniceto de Almeida estiveram presentes, assim como organizações políticas, sindicais, populares e ex-presos políticos da época da ditadura militar. A homenagem foi feita aos dois jovens trabalhadores de Minas Gerais que caíram do Viaduto após tentar escapar dos ataques violentos da repressão e vieram a falecer.
 Duas faixas com a inscrição Viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe foram colocadas nos dois lados do viaduto enquanto os manifestantes fecharam o trânsito da Avenida Antônio Carlos. Em mais uma demonstração intolerável de arbitrariedade e desrespeito estas faixas foram arrancadas na manhã do dia 18 de julho: responsabilizamos a repressão e a institucionalidade por mais esta violência.  Reiteramos que o nome definitivo do viaduto é Viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe.
Além da homenagem aos dois companheiros, foi feito veemente repúdio ao aparato repressivo e à violência do Estado, diretamente responsáveis pelas mortes de Douglas Henrique e Luiz Felipe. Em nota e nas intervenções durante a manifestação, a Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça - MG denunciou as centenas de prisões arbitrárias, casos de tortura, feridos, mandados de prisão, toque de recolher e o descomunal aparato repressivo montado para garantir o chamado padrão FIFA de qualidade durante a Copa das Confederações.   Denunciou também a morte do menino de 12 anos Lucas Daniel Alcântara Lima, baleado pelo sargento reformado da PMMG Vanderlei Gomes da Fonseca, durante manifestação contra a falta de coleta de lixo no Conjunto Cristina, Santa Luzia, no dia 27 de junho.  Lucas Daniel tinha apenas ido à padaria comprar pão.
 O tal padrão FIFA, na prática, implantou um Estado de exceção no país. O governo municipal de Márcio Lacerda (PSB), o governo estadual de Antônio Anastasia (PSDB) e o governo federal de Dilma Rousseff (PT) - em conjunto com a Guarda Municipal, a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Exército e a Força Nacional de Segurança Pública – têm como objetivo exclusivo garantir o lucro dos empresários patrocinadores dos chamados grandes eventos.  Trata-se de repressão feroz, privatização da cidade e criminalização dos movimentos populares.
No final do ato, a Polícia Militar revelou, mais uma vez, sua habitual truculência: duas manifestantes - ambas estudantes, membros da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça - MG - foram presas.  A semelhança com a ditadura militar ficou evidente: tentou-se forjar absurdo flagrante com tentativa torpe de acusação de dano ao patrimônio público.  Membros da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça - MG e manifestantes seguiram até a delegacia onde foi dada voz de prisão às duas companheiras.  O flagrante não foi lavrado por se mostrar absolutamente insustentável. As companheiras vão responder a processo de dano contra o meio ambiente no Juizado Especial Criminal. Não aceitamos definitivamente este tipo de ofensiva, por parte da polícia, contra nosso direito de manifestação e expressão.  Continuaremos mobilizados contra as investidas da repressão.
Na noite do dia 17 de julho, outra militante foi presa, em Belo Horizonte, durante reunião sobre direitos humanos, embaixo do Viaduto Santa Tereza. Nesse mesmo dia, em São Paulo, 119 estudantes da Universidade Estadual de São Paulo foram presos durante manifestação de ocupação da reitoria.   Todos esses casos mostram a necessidade de uma ampla campanha nacional contra a repressão, a imediata liberdade de todos os presos políticos, a retirada de todos os processos criminais e mandados de prisão contra os manifestantes. Mostram também a urgência da punição dos responsáveis pelas mais de duas dezenas de mortes e centenas de casos de ferimentos graves e torturas, provocadas em todo o país pela repressão às jornadas de junho de 2013.
Nós, da classe trabalhadora, do movimento popular, do movimento estudantil e da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça – MG responsabilizamos diretamente o Estado brasileiro, seu aparato repressivo e seus governos federal, estadual e municipal por toda esta violência. Estes são os responsáveis diretos pelas mortes dos companheiros Douglas Henrique, Luiz Felipe e Lucas Daniel.  O Estado brasileiro é igualmente responsável pela repressão sangrenta, pelas mais de duas dezenas de mortes, pelas centenas de prisões, torturas e ferimentos graves ocorridos em todo o país durante as jornadas de luta de junho de 2013.
Abaixo a repressão! Pela liberdade de manifestação e expressão!
Pelo fim da criminalização dos pobres! Pelo fim da criminalização da luta dos estudantes, da luta dos trabalhadores da cidade, do campo e da luta do movimento popular!
 Libertação imediata dos presos políticos! Pela anulação dos inquéritos! Pela retirada dos mandados de prisão!
Pelo fim das torturas e das execuções! Pelo fim do genocídio dos jovens, negros, indígenas e pobres!
Abaixo as UPPs e invasões policiais e militares dos morros, universidades, ocupações e favelas!
Pelo fim do aparato repressivo! Pelo fim imediato da Guarda Municipal, da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança! Fora o Exército e fora a FIFA!
Pelo direito à Verdade, à Memória e à Justiça!
Punição para os torturadores e assassinos de opositores durante a ditadura militar e para aqueles que cometem estes mesmos crimes contra a humanidade nos dias de hoje!
Pela luta independente, realizada pela classe trabalhadora e pelo movimento popular, em relação aos governos e à institucionalidade!

Companheiros Douglas Henrique, Luiz Felipe e Lucas Daniel : Presentes!
Presente, hoje e sempre!

Belo Horizonte, 18 de julho de 2013
Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça - MG

terça-feira, 16 de julho de 2013

Belo Horizonte – Rebatismo popular do viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe

Na tarde de hoje (16 de junho), dezenas de ativistas, atendendo a convocação da Frente Independente pela Memória Verdade e Justiça de Minas Gerais, promoveram o rebatismo popular do viaduto José Alencar, que a partir de agora chama-se Viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe.
O jovem Douglas Henrique, de 21 anos, operário metalúrgico, participava do protesto de 100 mil pessoas em 26 de junho e caiu do viaduto durante o ataque da polícia militar com uma chuva de bombas de gás lançada contra os manifestantes. Ele faleceu na madrugada seguinte, após horas de cirurgia. 
“Ele queria lutar por um Brasil melhor, por saúde e educação, que é o que todos querem” – declarou sua irmã Letícia Aparecida, após a morte de Douglas.
Luiz Felipe, de 22 anos, um jovem trabalhador, participava do protesto de 200 mil pessoas em 22 de junho e também caiu do viaduto durante ataque da PM. Ele ficou internado em estado grave no Hospital João XXIII até seu falecimento, no dia 11 de julho, mesmo dia em que sua filha completou um ano de vida.
Durante o ato de rebatismo do viaduto, a avó de Luiz Felipe, a Sra. Carmelita, declarou a redação de AND que seu neto foi um trabalhador e que participava do protesto “porque estava lutando por todo mundo”. “Os políticos aparecem para pedir votos, mas deixam um absurdo como esse viaduto nessas condições. Meu neto caiu porque não tinha proteção nenhuma, isso não pode acontecer com mais pessoas” – denunciou a Sra. Carmelita apontando o vão livre do viaduto que não possui sequer uma grade de proteção, um local de passagem de milhares de pessoas, próximo a um estádio Mineirão e a Universidade Federal de Minas Gerais.
Ataques policiais com bombas de gás e de efeito moral e tiros de borracha disparados contra os protestos populares de 17, 22 e 26 de junho em Belo Horizonte, datas de partidas da copa das confederações da Fifa no Mineirão, provocaram grande tumulto e correria entre os manifestantes que se encontravam sobre esse viaduto causando a queda de seis manifestantes e a morte dos dois jovens.
Durante o ato, a Avenida Antônio Carlos foi bloqueada pelos manifestantes durante mais de uma hora. Oradores de diversos movimentos populares denunciaram a brutal repressão policial contra os manifestantes nas jornadas de lutas de junho.
“Não foi acidente, a morte dos dois jovens companheiros foi provocada pela Polícia Militar, pela Força Nacional e pelo Exército, ordenados pelo prefeito Márcio Lacerda, pelo governador Anastasia e por Dilma Rousseff” – denunciou uma ativista.
“Esse não é um ato simbólico, estamos mudando o nome desse viaduto em honra a dois bravos companheiros que são mártires da luta de nosso povo, não permitiremos que essas faixas com seus nomes sejam retiradas e caso sejam retiradas, colocaremos outras em seu lugar.” – afirmou uma oradora.
“Esse ato não se encerra aqui, continuaremos com as manifestações, continuaremos denunciando a violência do Estado, o assassinato de jovens. Continuaremos nossa luta pela punição dos torturadores e assassinos de ontem e de hoje, civis e militares, todos os responsáveis pelo sofrimento de nosso povo” – afirmou uma ativista.
Também fizeram uso da palavra professores e operários saudando a luta e a memória dos dois jovens que agora dão nome ao viaduto.
Um amigo de Luiz Felipe pediu a palavra e falou emocionado do modo como o “Estado fascista” tirou a vida de seu amigo que lutava por melhor educação, saúde, por um país melhor. Outro amigo erguia um cartaz com fotos de Luiz Felipe com os dizeres: “Este jovem é vítima de um Estado Fascista”.
Fotos dos dois jovens foram coladas nos muros do viaduto acompanhadas de textos relatando a luta da qual fizeram parte.
Seus nomes foram gritados por todos que respondiam: Presente! Agora, e sempre!
No encerramento do ato, quando os ativistas organizavam-se para se retirar, policiais tentaram prender duas jovens acusando-as de ter pichado um muro do viaduto. Dezenas de ativistas, a maioria mulheres, cercaram as jovens exigindo sua libertação, questionando o motivo da prisão. Os policiais alegavam tê-las preso em flagrante e eram respondidos com firmeza pelos ativistas que afirmavam não haver flagrante algum. Nossa reportagem registrou todos esses fatos.
Um membro da Associação Brasileira de Advogados do Povo assumiu a defesa das ativistas que tiveram seus documentos retidos pelos policiais.
Até as 21:30 horas de hoje (momento em que esse texto foi postado) elas já haviam sido transferidas para duas delegacias diferentes acompanhadas do advogado e de uma comissão de manifestantes que decidiram permanecer junto das jovens até que fossem postas em liberdade.
O Viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe foi marcado com sangue e luta, e com luta foi rebatizado. Ao cair da noite, dezenas de vozes cantaram a música Aroeira, de Geraldo Vandré, cujo refrão diz: “É a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar!”.
O sangue derramado por Douglas, Luiz Felipe e as outras 20 pessoas assassinadas pelas forças de repressão do velho Estado em diferentes regiões do país durante as jornadas de junho não foi derramado em vão. Ele está presente e será sempre lembrado e honrado pelos lutadores do povo.
No muro do Viaduto, nessa noite de 16 de junho, em grandes letras, estava gravado: COMPANHEIROS DOUGLAS E LUIZ FELIPE, PRESENTE! ESTADO E PM, A CULPA É SUA! ABAIXO A REPRESSÃO! FORA PM!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Mais um jovem morto pela repressão aos protestos em Belo Horizonte


Luiz Felipe, jovem morto pela repressão contra os protestos
Na noite de 11 de junho morreu Luiz Felipe Aniceto de Almeida, de 22 anos, que caiu do Viaduto José Alencar, próximo ao estádio Mineirão durante o protesto de 200 pessoas no dia 22 de junho. Ele é o segundo jovem morto em decorrência da brutal repressão desatada pela polícia, exército e a Força Nacional contra os grandes protestos na capital no último mês.
Na queda, Luiz Felipe fraturou as duas pernas e os dois braços e sofreu ferimentos em várias partes do corpo. Ele passou por pelo menos duas cirurgias e respirou com a ajuda de aparelhos durante todo o período em que ficou internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.
Luiz deixou uma filha, que completou um ano de vida exatamente no dia em que o jovem pai faleceu.
“Ele estava indo às ruas para protestar por seus direitos. Ele queria que, com a passeata, houvesse uma melhoria no transporte público da cidade”.  – declarou Maria Soares de Almeida, mãe de Luiz.

Repressão provoca seis quedas de viaduto e duas mortes de jovens lutadores
Ao todo seis manifestantes caíram do viaduto José Alencar durante ataques das forças de repressão contra os protestos populares entre os dias 17 e 26 de junho.
No dia 17, durante o jogo Taiti e Nigéria pela copa das confederações, ocorreu a primeira queda. Um vídeo amador postado no youtube registrou o momento em que uma manifestante alertou um PM que um jovem havia caído do viaduto e precisava de socorro e recebeu uma resposta desdenhosa e absurda do policial dizendo que “ele não estava rezando”.
Jovem operário Douglas Henrique
Em 26 de junho, data da partida entre Brasil e Uruguai, no protesto de 100 mil pessoas que se dirigia ao Mineirão, o jovem operário Douglas Henrique de Oliveira souza, de 21 anos, morreu após queda ao tentar saltar o vão livre do viaduto para escapar da chuva de bombas lançada pela polícia.

Dilma Rousseff, governadores e prefeitos de todas as legendas, transbordando cinismo e demagogia, propalam que as manifestações populares são “comprovação da democracia no país”. Isso, ao mesmo tempo em que ordenam à polícia, exército e Força Nacional que descarreguem bombas e tiros contra o povo, espanquem e prendam manifestantes. 

Há denúncias de que mais de dez pessoas já morreram em consequência da repressão aos protestos em todo o país e centenas foram ou estão presas, sendo processadas e perseguidas pela polícia e pela justiça.

No próximo dia 16 de julho, a Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça de MG e organizações populares de Belo Horizonte e Região promoverão o rebatismo popular do viaduto José Alencar, que passará a se chamar Viaduto Douglas Henrique de Oliveira Souza e Luiz Felipe Aniceto de Almeida.

Veja o vídeo dos momentos após a queda de Douglas Henrique em 26 de junho:

segunda-feira, 17 de junho de 2013

BH: Comitê de apoio faz cobertura e realiza propaganda do AND em protesto

17 de junho, 16 horas.


Nesse momento, em Belo Horizonte, cerca de seis mil pessoas participam de protesto e dirigem-se para o Mineirão, onde ocorre jogo da copa das confederações. O comitê de apoio ao AND de BH distribuiu centenas de cópias do editorial da edição 112 do jornal "Saudações à juventude em luta!" durante o protesto.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

AND recomenda: 9 de junho Chorinho e Samba na Praça Duque de Caxias (Santa Tereza) BH



Praça Duque de Caxias recebe Sesc Chorinho e Samba na Praça

Fonte: sescmg.com.br


O evento acontece em 09/06 e conta com a presença dos grupos Tapa Buraco e Zé da Guiomar. A entrada é gratuita.

BELO HORIZONTE (03/06/2013) - A Praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza, receberá no próximo domingo, 9 de junho, das 11h às 14h, uma edição do Sesc Chorinho e Samba na Praça. Desta vez, o projeto contará com os grupos Tapa Buraco e Zé da Guiomar. A entrada é gratuita.

Lançado em 2012, o Sesc Chorinho e Samba na Praça apresenta vasta programação de música brasileira e incentiva a promoção do trabalho de novos artistas, por vezes com participação de artistas consagrados, promovendo o intercâmbio e a troca de experiências. O repertório das bandas contempla o gênero canção e gênero instrumental. A cada evento duas bandas se apresentam, sendo uma de chorinho e a outra samba, sem que exista ordem definida de apresentação. Confira abaixo, detalhes sobre as atrações desta edição.

TAPA BURACO
O grupo é formado por Alaécio Martins (Trombone), Juventino Dias (Trompete & Flugelhorn), Tiago Ramos (Saxofones), Pedro Martins (Percussão), Teco (Violão de 7 Cordas) e Rodrigo Rift (Cavaquinho). Composto por músicos de formação popular e acadêmica, o Tapa Buraco se destaca pelos arranjos próprios, marcados pelas diversas influências de se seus integrantes e executados por um autêntico naipe de sopros. No repertório, estão composições de autores como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga, Bonfiglio de Oliveira, K-Ximbinho.

O grupo surgiu da roda e faz questão de preservar essa identidade. Por isso, desde o início de 2012 mantém sua própria roda de choro no bairro Santa Tereza, grande reduto boêmio da capital mineira, onde se apresenta semanalmente e realiza um grande encontro de chorões. A participação de cada músico é marcada pela improvisação e pelo virtuosismo característico dos chorões.

ZÉ DA GUIOMAR
Formado por Márcio Souza (vocal e violão), Valdênio (cavaquinho), Renato Carvalho (sax), Totove Ladeira (percussão) e Marcelim do Vale (percussão) e tendo como músicos convidados o trombonista Marcos Flávio e o percussionista Alexandre Batista, o Zé da Guiomar se transformou em um dos grupos mais bem sucedidos de Minas Gerais. A fórmula: um instrumental eficiente, arranjos criativos e um repertório cuidadosamente escolhido, que mescla temas próprios e clássicos de várias épocas e tendências. O grupo, que iniciou sua trajetória em 2000, tem como repertório o melhor do samba, com inserções na bossa nova. Foi um dos principais responsáveis pelo fortalecimento e renovação do samba na capital mineira.


SERVIÇO

Evento: Sesc Chorinho e Samba na Praça
Atrações Musicais: Tapa Buraco e Zé da Guiomar
Data: 09/06
Local: Praça Duque de Caxias, bairro Santa Tereza
Horário: 11h às 14h
Entrada gratuita

Comitê de apoio ao AND BH

Belo Horizonte, MG, Brazil
Os comitês de apoio são grupos de militantes que se dedicam ao trabalho de divulgação e apoio ao jornal A Nova Democracia.